Mais de 300 cientistas de 22 países, incluindo o Prof. Benjamin Glaser, do Hadassah Medical Organization, concluiram que o maior risco genético de desenvolver diabetes tipo 2 pode ser atribuido a diferenças bastante comuns compartilhadas no código genético, cada uma das quais oferece uma pequena contribuição ao risco de doença.
Durante os últimos 15 anos, o Prof. Glaser tem liderado o empenho do Oriente Médio no estudo da diabetes tipo 2 e sua genética. “Quando começamos a trabalhar nisto, quase duas décadas atrás,” relata, “nós pensamos ingenuamente que poderíamos encontrar a causa genética da diabetes estudando 1.000 indivíduos utilizando algumas centenas de marcadores genéticos. Hoje nós sabemos que precisamos estudar centenas de milhares de indivíduos, utilizando milhões de marcadores genéticos, apenas para começar a entender a genética desta doença tão comum quanto devastadora. Tem sido uma grande honra estar entre os melhores do mundo neste estudo inovador.”
A pesquisa, que envolveu uma investigação aprofundada da arquitetura genética da diabetes tipo 2, revelou a visão mais detalhada e sem predentes das diferenças genéticas que aumentam o risco de uma pessoa de desenvolver a doença. Também identifica alguns caminhos para novos tatamentos. Como explicam os pesquisadores, eles identificaram mais de uma dúzia de genes em participantes afetados onde as mudanças na sequência do DNA alteraram a estrutura ou a composição das proteínas codificadas, sugerindo que estes genes e proteínas estão diretamente envolvidos no desenvolvimento da doença. Pelo mesmo caminho, estas mudanças mostram pistas importantes para o mecanismo pelo qual elas oferecem risco. Entender o possível mecanismo levanta indicações para novas drogas.
Em vista destas descobertas genéticas, os pesquisadores sugerem que qualquer enfoque personalizado para o tratamento da diabetes tipo 2 deve ser baseado no perfil genético amplo do indivíduo, bem como em fatores ambientais.
Apresentado com destaque na edição online de 11 de Julho de 2016 da Nature, o estudo foi liderado por pesquisadores da University of Michigan School of Public Health, o Welcome Trust Center for Human Genetics da University of Oxford, o Broad Institute of Massachusetts Institute of Technology e o Harvard Medical Center, e o Massachusetts General Hospital. O DNA de 120.000 indivíduos foi examinado para identificar os genes e suas variantes que influenciam o diabetes, dando a imagem mais completa do número e características das variantes genéticas.
O Chefe de Pesquisa e Desenvolvimento do Hadassah, Prof. Eyal Mishani observa que “a natureza colaborativa deste tipo de projeto demonstra o poder das massas e pavimenta o caminho para muitos avanços fantásticos na medicina humana.”