Baseado em um artigo no Walla!, um portal de notícias israelense
Como muitas outras mães do século XXI, Nourhan, residente de Gaza, gostava de registrar cada movimento de seu bebê. Mas olheando as fotos em seu celular, ela notou uma mancha branca incomum no olho de sua filha Mayar.
Após inúmeras visitas a oftalmologistas, a família recebeu a terrível notícia de que Mayar tinha retinoblastoma, um raro câncer ocular que afeta em grande parte crianças pequenas. Nesses primeiros meses após o diagnóstico do câncer, lembra Nourhan, todos os médicos vieram com a mesma resposta: Não há nada que possamos fazer. O câncer é agressivo e Mayar não pode ser ajudada. A solução é remover o olho.
“Ficamos arrasados”, diz Nourhan. Mesmo desanimados, no entanto, os pais de Mayar continuaram a procurar uma resposta diferente. Foi quando souberam da Organização Médica Hadassah.
O Prof. Shahar Frankel, um dos oftalmologistas de Hadassah, conheceu Mayar quando ela tinha nove meses de idade. “Ela não conseguia ver fora do olho porque o tumor estava bem no centro, e ocupava cerca de metade do volume do olho”, diz o Prof. Frankel. “Mayar precisava de tratamento imediato para salvar seu olho.”
Em três dias, o Prof. José Cohen, diretor da Neurocirurgia Endovascular e da Unidade de AVC, juntamente com sua equipe, realizou um procedimento de quimioterapia intra-arterial, que permite que um cateter chegue diretamente ao tumor e foque a quimioterapia. O procedimento encolheu o tumor, mas algumas das células tumorais se espalharam. Esta “nuvem tumoral” exigiu mais tratamento. Durante um período de meses, o Prof. Frankel e o Prof. Jacob Peer, chefe do Departamento de Onco-Oftalmologia de Hadassah, injetaram quimioterapia diretamente no olho de Mayar.
Nove meses depois, quando Nourhan voltou com Mayar para um check-up, o Prof. Frankel relata: “Ficamos encantados em dizer-lhes que o tratamento tinha sido bem sucedido. As células tumorais tinham morto e calcificado, as células tumorais dispersas tinham desaparecido e Mayar podia ver com esse olho.”
“É impossível descrever as emoções que experimentamos e a satisfação que geramos quando damos esse tipo de notícia a uma família”, comenta o Prof. Frankel. “Além disso, e não menos importante, acredito firmemente que nós, a equipe aqui em Hadassah, não só salvamos a visão e curamos condições médicas difíceis e complicadas, mas também servimos como uma ponte entre os povos. Nós fazemos pontes por cima das diferenças e dos desacordos com nossos vizinhos.